domingo, 15 de janeiro de 2017

NECA MACHADO TEM 06 OBRAS COLETIVAS EM PORTUGAL

    GRAÇAS A DEUS!
    EXISTEM PESSOAS QUE FAZEM A CULTURA CONTINUAR
    OBRIGADO ISIDRO SOUSA.
    VOCE É NOTA 1000.
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    Neca Machado CONTO NA OBRA LUSA A LUA ME CEGOU!

    CONTOS DA BEIRA DO RIO AMAZONAS


    Por > Neca Machado (Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Licenciada Plena em Pedagogia, Jornalista, Blogueira com 21 blogs na web, Quituteira.

    A velha rua da Praia acordou com os gritos assustados de alguém que perambulava sem rumo, gritando em uma voz cheia de medo: “A Lua me cegou, a lua me cegou, a lua me cegou...”

    Maltrapilho, descalço e parece CEGO.
    Foi assim que o delegado de polícia da capital o encontrou, foi chamado por moradores que assustados pareciam petrificados sem entender a situação. O delegado abriu os olhos do coitado, e sem explicação nenhuma, dizia que não tinha nada ali, deve ser um “cisco” que caiu no teu olho, repetia. E o pobre Homem continua a gritar: “foi a lua, foi a lua, foi a lua…”
    Foi levado num camburão da polícia para o Hospital geral que era o mais próximo da rua da praia. E por orientação medica foi mandado para o departamento de psiquiatria.
    No outro dia, parentes avisados o procuram por lá, ainda estava cego.
    A Mãe repetia que ele “era bom”, não tinha problemas nos olhos, que enxergava tudo, que andava sozinho por Macapá, que gostava dos puteiros e do quebra mar.

    Mas, enfim, ele estava cego!
    A cegueira repentina para ele tinha uma causa: “Foi a Lua”
    Ainda meio tonto dos remédios que lhe deram, ele tentava lembrar de alguma coisa.
    Disse que estava na frente do Mercado Central, que pegou um carreto de bananas e foi deixar na quitanda da Mulher, que nem sabia o nome, e que ela tinha lhe dado uns trocados, e que feliz foi tomar umas no boteco da esquina com uma morena que acabara de chegar no Igarapé das Mulheres e agora fazia “ponto” por ali...
    Depois foram passear no trapiche, que naquela noite tinha uma bela LUA.
    Ainda tentou fazer uma poesia, mas não era letrado.
    De mãos dadas correram os dois pela Pedra do Guindaste, sempre fitando a Lua, redonda feita uma peteca azul dizia ele.
    Parece que era meia noite.
    E aí, foi quando lembrou que não enxergava mais.
    A última visão foi a LUA. Cheia de gente, cheia de mistérios, cheia de desejos inimagináveis...

    E agora ele CEGO.
    Os anos se passaram e ele continua a repetir, muitas vezes agora com uma velha bengala de companhia “FOI A LUA, foi a lua, foi a Lua...”
    Foi culpa da LUA.

    A LUA ME CEGOU!

    (Para muitos Pajés da floresta Amazônica a LUA e cheia de mistérios, encantos e enigmas. Cuidado, a LUA também deixa marcas…)
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    Neca Machado adicionou 3 novas fotos.
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    GRAÇAS A DEUS!
    CHEGOU MINHA 4ª OBRA LITERARIA EM PORTUGAL
    OBRIGADO IMENSO AO EDITOR COMPETENTE ISIDRO SOUSA.
    ERA PARA TOMARMOS UM VINHO, MAS, COMO NÃO DEU, AQUI TE MANDO O SABOR DA SAUDADE.
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    Neca Machado POEMA NA OBRA.A LUA ME CEGOU!

    CONTOS DA BEIRA DO RIO AMAZONAS


    Por > Neca Machado (Administradora Geral, Artista Plástica, Bacharel em Direito Ambiental, Especialista em Educação Profissional, Escritora de Mitos da Amazônia, fotografa com mais de 100 mil fotografias diversas, Pesquisadora da Cultura Tucuju, Contista, Cronista, Poetisa, Licenciada Plena em Pedagogia, Jornalista, Blogueira com 21 blogs na web, Quituteira.

    A velha rua da Praia acordou com os gritos assustados de alguém que perambulava sem rumo, gritando em uma voz cheia de medo: “A Lua me cegou, a lua me cegou, a lua me cegou...”

    Maltrapilho, descalço e parece CEGO.
    Foi assim que o delegado de polícia da capital o encontrou, foi chamado por moradores que assustados pareciam petrificados sem entender a situação. O delegado abriu os olhos do coitado, e sem explicação nenhuma, dizia que não tinha nada ali, deve ser um “cisco” que caiu no teu olho, repetia. E o pobre Homem continua a gritar: “foi a lua, foi a lua, foi a lua…”
    Foi levado num camburão da polícia para o Hospital geral que era o mais próximo da rua da praia. E por orientação medica foi mandado para o departamento de psiquiatria.
    No outro dia, parentes avisados o procuram por lá, ainda estava cego.
    A Mãe repetia que ele “era bom”, não tinha problemas nos olhos, que enxergava tudo, que andava sozinho por Macapá, que gostava dos puteiros e do quebra mar.

    Mas, enfim, ele estava cego!
    A cegueira repentina para ele tinha uma causa: “Foi a Lua”
    Ainda meio tonto dos remédios que lhe deram, ele tentava lembrar de alguma coisa.
    Disse que estava na frente do Mercado Central, que pegou um carreto de bananas e foi deixar na quitanda da Mulher, que nem sabia o nome, e que ela tinha lhe dado uns trocados, e que feliz foi tomar umas no boteco da esquina com uma morena que acabara de chegar no Igarapé das Mulheres e agora fazia “ponto” por ali...
    Depois foram passear no trapiche, que naquela noite tinha uma bela LUA.
    Ainda tentou fazer uma poesia, mas não era letrado.
    De mãos dadas correram os dois pela Pedra do Guindaste, sempre fitando a Lua, redonda feita uma peteca azul dizia ele.
    Parece que era meia noite.
    E aí, foi quando lembrou que não enxergava mais.
    A última visão foi a LUA. Cheia de gente, cheia de mistérios, cheia de desejos inimagináveis...

    E agora ele CEGO.
    Os anos se passaram e ele continua a repetir, muitas vezes agora com uma velha bengala de companhia “FOI A LUA, foi a lua, foi a Lua...”
    Foi culpa da LUA.

    A LUA ME CEGOU!

    (Para muitos Pajés da floresta Amazônica a LUA e cheia de mistérios, encantos e enigmas. Cuidado, a LUA também deixa marcas…)
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    BELO PRESENTE DE DOMINGO-15.01.2017
    DESÇO E NA MINHA CAIXA POSTAL O MEU 4º LIVRO EM PORTUGAL.
    ESTE SONHO TORNOU-SE REALIDADE COM O APOIO DO COMPETENTE EDITOR ISIDRO SOUSA.
    MUITO OBRIGADO, IMENSAMENTE OBRIGADO
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    Neca Machado A LUA ME CEGOU!

    CONTOS DA BEIRA DO RIO AMAZONAS
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