CONTOS, CRONICAS E POESIAS >"Poesia DIGITAL, TEM CUSTO, 1 EURO IBAN-PT50019300001050592827466 / BIC/SWIFT-CTTVPTPLXXX;> Contato > Jornalista brasileira NECA MACHADO (Administradora do blog > nmmac@live.com)Administradora, Escritora, Fotografa, Jornalista, Bacharel em Direito Ambiental, Artista Plastica, Quituteira e Designer em Linha, Estilista, co autora em 30 obras lançadas em Portugal entre 2016-2017, 2018 e 2019, de poemas e contos.NECA MACHADO MORA NA EUROPA
terça-feira, 31 de maio de 2016
domingo, 29 de maio de 2016
A POESIA DE JOSÉ DE CASTRO
Porque não quero que percam o vosso tempo com coisas fúteis, e porque o tempo é mesmo inexorável, sejam felizes! Isto passa num ápice...
“Perdi o tempo…”
Perdi o tempo…
Deixei-o nas asas do pensamento!
E ele voou docemente
Por entre as minhas recordações:
Leve, subtil, sagaz…
Deixou-me só, inconsciente,
Perdido num mar de ilusões,
Sonhos de quando eu era rapaz
E usava calções…
E brincava com a fisga, a bola, o pião
E jogava à macaca,
Num desenho traçado
No pó do chão!
E à cabra-cega…
E ao escondidinho,
E nas levadas da rega
Lançava um barquinho…
Carregado de sonhos, de ânsias, segredos
E o barco fugia na louca corrente
E num piscar de olhos
Dei por mim acordado
E já era gente!
Tão cheio de angústias e medos…
Perdi o tempo….
Em horas tão vagas!
Agora corro atrás dele,
Mas o tempo salta e avança!
Calcorreio trilhos - como dizia o poeta,
De serras que parecem paradas
Num perpétuo movimento.
E no chão do caminho
Apenas a vaga esperança
De umas ténues pegadas…
Quase gastas, perdidas
Duns pezitos de criança
Levada pelas asas do vento.
Asas brancas… brancas
Nevadas como o meu cabelo!
Mas não o encontro
É tarde…
O sol já vai tombando!
Exausto, fico a vê-lo.
Já não consigo agarrá-lo
Para o atar com um cordel
E brincar com ele…
Como brincava com o papagaio de papel.
Cai a noite…
A sombra negra varre toda a luz
Estou velho e cansado
Perdido sem norte…
Já me pesa a cruz.
E na encruzilhada
Do longo caminho
Vejo um vulto negro
A cavar no chão!
Sinistras corujas
Deram-me esta nova:
- É o deus da morte
A abrir a tua cova!
Os sinos já dobram…
Num profundo lamento.
Por quem eles são?
Oh mísera sorte…
Encontrei o tempo
Junto ao meu caixão!
José de Castro
Deixei-o nas asas do pensamento!
E ele voou docemente
Por entre as minhas recordações:
Leve, subtil, sagaz…
Deixou-me só, inconsciente,
Perdido num mar de ilusões,
Sonhos de quando eu era rapaz
E usava calções…
E brincava com a fisga, a bola, o pião
E jogava à macaca,
Num desenho traçado
No pó do chão!
E à cabra-cega…
E ao escondidinho,
E nas levadas da rega
Lançava um barquinho…
Carregado de sonhos, de ânsias, segredos
E o barco fugia na louca corrente
E num piscar de olhos
Dei por mim acordado
E já era gente!
Tão cheio de angústias e medos…
Perdi o tempo….
Em horas tão vagas!
Agora corro atrás dele,
Mas o tempo salta e avança!
Calcorreio trilhos - como dizia o poeta,
De serras que parecem paradas
Num perpétuo movimento.
E no chão do caminho
Apenas a vaga esperança
De umas ténues pegadas…
Quase gastas, perdidas
Duns pezitos de criança
Levada pelas asas do vento.
Asas brancas… brancas
Nevadas como o meu cabelo!
Mas não o encontro
É tarde…
O sol já vai tombando!
Exausto, fico a vê-lo.
Já não consigo agarrá-lo
Para o atar com um cordel
E brincar com ele…
Como brincava com o papagaio de papel.
Cai a noite…
A sombra negra varre toda a luz
Estou velho e cansado
Perdido sem norte…
Já me pesa a cruz.
E na encruzilhada
Do longo caminho
Vejo um vulto negro
A cavar no chão!
Sinistras corujas
Deram-me esta nova:
- É o deus da morte
A abrir a tua cova!
Os sinos já dobram…
Num profundo lamento.
Por quem eles são?
Oh mísera sorte…
Encontrei o tempo
Junto ao meu caixão!
José de Castro
sábado, 28 de maio de 2016
ECOS DE APOLO NA 86ª FEIRA DO LIVRO DE LISBOA
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