domingo, 8 de maio de 2016

A POESIA É COMO O VENTO!

                       “Inquietude”


A poesia é como o vento!
Bailarina inquietante,
Que provoca, desassossega,
Que arrasa…
Que, por inconstante,
Ora ilumina, ora cega.
Que voa, mesmo sem asa,
E… navega!
A poesia atrai,
Há nela um não sei quê
De inquietude.
É como a onda
Que vem, vai…
Desaparece,
Sem nunca atingir a plenitude.
Mas num relâmpago,
Esse mero instante,
Até parece,
Que entre a onda e a poesia
Há muito mais
Que uma fugaz similitude:
A onda é uma inquietante poesia;
A poesia é uma onda de inquietude!
                                                                                  José de Castro