O FUTURO ESTÁ NAS MINHAS MÃOS.... (Neca Machado)
A ARTE IMPRESSIONISTA DE NECA MACHADO > NECA PINTA IMPRESSIONISMO TAMBEM
quinta-feira, 31 de março de 2016
POESIA DE MARIANA ASPER
Afogo-me em mares, para ouvir
o vento e as marés,
a acordar o silêncio,
que por destino me acompanha,
nas frias manhãs,
na solidão das ruas,
onde eu me perco,
vestida de nada!
o vento e as marés,
a acordar o silêncio,
que por destino me acompanha,
nas frias manhãs,
na solidão das ruas,
onde eu me perco,
vestida de nada!
"protegido"
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A POESIA ENCANTADORA DE MARIANA ASPER
“PERDI O CANTAR”
Bates forte como as ondas a arrolar em desassossego. Mesmo num dia de sol és tempestade dentro de mim. Perdi a luz, os risos e os carinhos ternos. Nem o vento agreste dispersa as nuvens negras e densas que fazem cama, criando uma barreira intransponível entre mim e o céu. Até ele se esqueceu de mim.
A onda turva dos meus sentidos cresceu. Oiço vozes, palavras de tristeza e desalento. Uma mistura de sentimentos em reboliço. Remando contra a minha própria maré, esbracejo, tomo fôlego, recolhendo na alma os meus pensamentos. Fixei-me em mim e, para te chamar a atenção, maquilhei o rosto, disfarcei as rugas, mas tu ignoraste os meus traços. Os que marcaram a nossa vida, a nossa história. Oh céus sempre, sonhei que teria um final feliz contigo. As palavras fecham-se nos significados, fundem-se, no silêncio.
O meu querer já nada te diz e, colhes com indiferença a minha instabilidade. Cantei para ti as loucuras de um delírio. Mataste-me o desejo, com o gemido de um violão insano. Da demência da louca e persistente paixão, o meu corpo recente-se das judiarias da minha impotência perante a dor que me molesta. Tentáculos venenosos fixam-se como lapas no coração, aprisionando-me a mente e o espírito. Como um pássaro na gaiola, perdendo a alegria e o cantar … sou dor em sangue esvaída.
A febre que me arde no peito secou as pétalas do meu sorriso, calou-me as palavras, deu-me o lamento da alma, que sofre o tormento dos desejos insatisfeitos!
A febre que me arde no peito secou as pétalas do meu sorriso, calou-me as palavras, deu-me o lamento da alma, que sofre o tormento dos desejos insatisfeitos!
20-03-2016
A BELEZA POETICA DE MARIANA ASPER
O meu olhar nesse dia,
transbordava uma enorme harmonia,
como um lírio roxo que desfolhava,
o meu coração e alma, em folhas de poesia ...
transbordava uma enorme harmonia,
como um lírio roxo que desfolhava,
o meu coração e alma, em folhas de poesia ...
Cansada, mas feliz, senti a mais terna alegria!
O meu abraço fraterno, a Neca Machado, Edições Vieira da Silva e a todos os autores.
quarta-feira, 30 de março de 2016
A POESIA DE MARIANA ASPER
FAMINTO
A noite chegou apressada,
no profundo silêncio da aldeia.
A uns metros de distância,
reparo num vulto que por ali vagueia …
no profundo silêncio da aldeia.
A uns metros de distância,
reparo num vulto que por ali vagueia …
Não consegui ver,
nem de imediato perceber,
se era homem ou mulher,
se era cão, se era gato,
com olhos de rato,
ou se era outro bicho qualquer
que ali estava,
à minha chegada,
e o seu rosto tapava …
Oh, meu Deus! Era um homem!
nem de imediato perceber,
se era homem ou mulher,
se era cão, se era gato,
com olhos de rato,
ou se era outro bicho qualquer
que ali estava,
à minha chegada,
e o seu rosto tapava …
Oh, meu Deus! Era um homem!
Aproximei-me e o seu olhar,
espelhou uma tristeza,
que não conseguiu esconder …
Nem para mim olhou,
mexia e remexia,
e naquele remexer existia
alguma satisfação …
espelhou uma tristeza,
que não conseguiu esconder …
Nem para mim olhou,
mexia e remexia,
e naquele remexer existia
alguma satisfação …
De mãos gretadas e calejadas,
procurava na escuridão
captar a vida, mesmo que dura,
lhe queimava o coração …
procurava na escuridão
captar a vida, mesmo que dura,
lhe queimava o coração …
Quando alguma coisa encontrava,
não olhava, não cheirava,
apenas, sofregamente, comia.
O que lhe sobrava, guardava,
na sua sacola como uma esmola …
não olhava, não cheirava,
apenas, sofregamente, comia.
O que lhe sobrava, guardava,
na sua sacola como uma esmola …
Contemplo aquele rosto,
de sorriso petrificado. e semblante pesado.
Caíram-me as lágrimas como os galhos da macieira,
ao sentir a dor da criatura, mesmo ali à minha beira …
de sorriso petrificado. e semblante pesado.
Caíram-me as lágrimas como os galhos da macieira,
ao sentir a dor da criatura, mesmo ali à minha beira …
A noite continuou e o pobre faminto,
fez luz no calor de uma fogueira.
Sentou-se no chão, esperou a manhã,
e o sol à sua beira …
fez luz no calor de uma fogueira.
Sentou-se no chão, esperou a manhã,
e o sol à sua beira …
Neste mundo há tanta terra sem flor,
tanto incógnito sem morada e sem nome,
sem pão que lhes tire a fome,
sem sonhos que os bafeje de puro “AMOR"
tanto incógnito sem morada e sem nome,
sem pão que lhes tire a fome,
sem sonhos que os bafeje de puro “AMOR"
(protegido)
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